Está nas mãos dos bancos o destino das montadoras e de sua cadeia de fornecedores nos próximos meses. Indicadores econômicos, no entanto, pintam cenário desafiador para as empresas que precisam de crédito para reagir aos efeitos estruturais da pandemia de covid-19. Os juros apresentam tendência de elevação tanto nos empréstimos para empresas quanto para aquisição de veículos, na ponta da cadeia.
Na linha do que analistas apontaram sobre recuperação lenta e menor consumo, os dados do Banco Central indicam que a taxa de inadimplência para aquisição de veículos cresceu, de fevereiro a março, de 3,6% para 3,7%.
“E uma vez a inadimplência mais alta, como é de se esperar para os proximos meses com eventual aumento do desemprego, o juro no longo prazo fica maior”, disse Rodnei Bernardino de Souza, diretor do Itaú responsável pela área de veículos. “Isto porque aumento o risco de quem dispõe o recurso. Isso afetará diretamente o consumo de bens duráveis que dependem de crédito até para serem produzidos.”